A CIDH condena o magnicídio de Miguel Uribe Turbay e insta o Estado a garantir a segurança das lideranças políticas

15 de agosto de 2025 

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Washington, DC—A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressa sua condenação e profundo pesar pelo falecimento do senador e pré-candidato presidencial Miguel Uribe Turbay, ocorrido em razão de um ataque armado contra ele. A CIDH transmite suas condolências a seus familiares, amigos, colegas e a toda a sociedade colombiana, e exorta o Estado a garantir a segurança das pessoas com liderança política em todo o território nacional.

Em 7 de junho de 2025, Miguel Uribe Turbay foi vítima de um atentado no qual recebeu três disparos de arma de fogo durante atividades políticas no bairro Modelia, na cidade de Bogotá. Após mais de dois meses sob cuidados médicos, faleceu em 11 de agosto em consequência dos ferimentos recebidos. As autoridades informaram a detenção do suposto autor material – um adolescente de 15 anos – e de outras cinco pessoas relacionadas à execução do crime; no entanto, os autores intelectuais e seus motivos permanecem desconhecidos.

A Comissão insta o Estado colombiano a atuar com diligência para investigar, julgar e sancionar este e outros atos de violência contra pessoas com liderança política, social e comunitária. Também chama a fortalecer as linhas investigativas que permitam identificar os motivos e todos os elementos relacionados a esses crimes. Recorda ainda que combater a impunidade é fundamental para prevenir a repetição de fatos semelhantes e garantir o exercício seguro dos direitos políticos.

O assassinato de Miguel Uribe Turbay reflete a persistência da violência política na Colômbia, que continua afetando pessoas com liderança política, social e comunitária, bem como partidos e a sociedade em geral. Diante do processo eleitoral de 2026, a CIDH conclama o Estado a reforçar a proteção das lideranças e a garantir ambientes pacíficos, inclusivos e livres de violência para a participação democrática. Além disso, insta a reduzir a confrontação e a polarização política, privilegiando o diálogo, os consensos e soluções efetivas para os desafios do país, fortalecendo o Estado Social de Direito e o sistema democrático estabelecidos na Constituição de 1991 e no Acordo de Paz de 2016.

A CIDH é um órgão principal e autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), cujo mandato deriva da Carta da OEA e da Convenção Americana de Direitos Humanos. A Comissão Interamericana está mandatada para promover a observância dos direitos humanos na região e atuar como órgão consultivo da OEA sobre o assunto. A CIDH é composta por sete membros independentes, eleitos pela Assembleia Geral da OEA em caráter pessoal, e não representam seus países de origem ou residência.

No. 165/25

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